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segunda-feira, 25 de abril de 2011

CÃNCER DE MAMA E COLO DE UTERO

  • Existem os cânceres de colo de útero , e o câncer de mama, como que é possível definir eles pra que a gente possa saber como que ele se desenvolve no organismo feminino?


O câncer de mama, é obvio que acomete a mama da mulher, e do homem também ao contrario do que as pessoas pensam, mas no homem ele é muito mais raro, ele começa com alterações que só podem ser identificadas através de exames de raios-X , e depois pode ser percebido através de nódulos , é uma doença maligna que afeta o tecido mamário da mulher ou do homem. O colo do útero, é à parte do útero que fica na vagina da mulher , que é o lugar onde se colhe o exame de papa Nicolau. Então é uma das partes do útero que o útero também tem a parte do corpo, o colo de útero de um tipo de câncer, e o corpo do útero tem um outro tipo de câncer, dos quais o mais comum é o do colo do útero e felizmente o mais fácil de ser detectado também.

  • Tem como evitar esse câncer, ou ele é um problema congênito que não pode ser evitado, por ações que essa mulher faça durante a sua vida?


Sem duvidas, porque hoje através dos exames que nós chamamos de preventivo na verdade nós fazemos um diagnostico inicial, precoce dessa doença mas também conseguimos diagnosticar algumas doenças pré cancerosas. Então a partir do momento em que se detecta a doença pré-cancerosa eu posso ter atitudes que diminuem a chance da pessoa desenvolver câncer no futuro.

No câncer do colo do útero existem infecções virais por exemplo que causam alterações no colo do útero também pré-malignas , que se tratadas numa faze inicial evitam que essa mulher desenvolva câncer de colo de útero. Em relação ao colo do útero, nós temos hoje vacinas contra o vírus do HPV, as vacinas elas atingem alguns tipos de HPV, não todos mas os tipos que são mais responsáveis pelo aparecimento de câncer são atingidos por essa vacina, o que reduz drasticamente a chance da mulher desenvolver câncer no futuro.

  • Como é o tratamento desse câncer?


No caso do câncer do colo do útero , como todos os casos de câncer inclusive de mama tudo depende do estagio em que a doença se encontra. Pois quanto maior é o estagio da doença mais agressivo tem que ser o tratamento, o câncer do colo de útero pode ser tratado desde uma pequena cirurgia feita a partir da vagina, em que só se retira uma parte do útero , até a retirada total do útero. Nos casos em que a cirurgia não é possível , em que os casos a paciente não pode ser submetida à cirurgia por questões clinicas, então também pode ser usadas a associação da quimioterapia com radioterapia, ou apenas radioterapia, então tudo depende da forma como se apresenta.

O câncer de mama, em abordagem ele é mais complicado, porque existe uma serie de alternativas diferentes para o tratamento, inclusive no que diz respeito a tumores grandes. Antigamente se tinha um tumor grande, a mama tinha que ser retirada, já hoje existe a possibilidade de fazer quimioterapia antes de se fazer o procedimento cirúrgico e ter reduzido o tamanho dos tumores a ponto de serem retirados, sem a necessidade de se retirar a mama, tendo casos inclusive em que o tumor desaparece completamente. Então hoje a gente hoje tem alternativas que não se tinha no passado.

Assim como associação de radioterapia pode ser feita junto com o tratamento cirúrgico que diminui o tempo de tratamento da mulher. Então existem varias alternativas, e acho que no caso do câncer de mama que eu acho que importante que se diga também é que hoje você até pode reconstruir a mama no mesmo ato da cirurgia , e mesmo nas cirurgias em que a gente conserve a mama às vezes o resultado estético não era tão bom , com a participação de profissionais de cirurgia plástica,faz com que o resultado estético seja muito melhor e diminui bastante o impacto que a cirurgia causa na mulher.

  • Os exames preventivos devem ser feitos de quanto em quanto tempo?


Varia um pouco, mas de uma forma geral nós recomendamos que os exames periódicos preventivos sejam feitos pelo menos uma vez por ano. Quando tem alguma alteração a gente reduz esse prazo, mas em uma mulher que não tem nada uma vez por ano me parece bastante adequado que é o que a especialidade recomenda.

No caso do câncer de colo de útero,a gente recomenda que a mulher inicie as suas preventivas a partir do momento em que inicia a atividade sexual, então não tem idade fixa, desde o inicio da atividade sexual, ela pode iniciar esses exames. No caso da mama a gente recomenda que a mulher faça uma mamografia de base até os 35 anos, e partir dos 40, anualmente uma mamografia. Quando existe histórico familiar importante , vários membros na família, qualquer outro fator de risco, daí você pode começar essa triagem um pouco antes. Por isso que eu digo que cada caso varia, mas de uma maneira geral a mamografia a partir dos 35 anos e o colo do útero a partir do inicio da atividade sexual.


  • Uma outra coisa também é o auto exame que também é muito importante não é mesmo?


Veja a recomendação durante o exame continua existindo, mas hoje é imprescindível que a mulher faça também a mamografia porque quando você consegue detectar através da papação, é que você já tem uma lesão de 1cm e nós esperamos encontrar doenças de 1ml,2ml doenças microscópicas que de fato não são palpáveis. Então é importante que a mulher se examine , porque em 10% dos casos o tumor pode ser palpável e não ser visível na mamografia , então o auto exame ainda éimportante pra que ela detecte um tumor de intervalo, ou seja a 6 meses percebeu um nódulo, não vai esperar mais 6 meses pra fazer de novo, vai logo no medico pra ver se aquele nódulo pode ser um tumor. É importante , e imprescindível hoje que a mulher que vá fazer um exame de mama, faça também a mamografia.

  • Na hora de fazer o exame, tem que ter algum cuidado interior pra fazer como você falou, um papanicolau , uma mamografia, tem algum cuidado que dever ser tomado com o corpo?


Sem duvida. No caso do papanicolau, é importante que a mulher não mantenha relação nas 48horas antes do exame pois isso pode causar traumatismos , sangramentos e alterações no próprio exame. Alem disso ela não deve nunca usar duchas intravaginais ou cremes que tudo isso compromete o material que vai ser colhido, outra coisa importante é que a mulher não esteja menstruada , o ideal é fazer uma semana depois do termino da menstruação porque a presença de qualquer gota de sangue compromete o exame.

No caso do câncer de mama não existe nenhum cuidado muito importante , mas é melhor que a mulher faça o exame uma semana depois da menstruação também na medida em que está no ciclo menstrual a mama é mais dolorida, então como exige uma compressão pra que se possa ter uma boa imagem, então é importante que ela não sinta dor pra evitar que o exame seja feito de maneira inadequada.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Origem e evolução do Forró

Forró Tradicional


Forró é uma festa popular brasileira, de origem nordestina e é a dança praticada nessas festas, conhecida também por arrasta-pé, bate-chinela, fobó, forrobodó. No forró, vários ritmos musicais daquela região, como baião, a quadrilha, o xaxado, que tem influências holandesas e o xote, que veio de Portugal, são tocados, tradicionalmente, por trios, compostos de um sanfoneiro (tocador de acordeon—que no forró é tradicionalmente a sanfona de oito baixos), um zabumbeiro e um tocador de triângulo.

O forró possui semelhanças com o toré e o arrastar dos pés dos índios, com os ritmos binários portugueses e holandeses, porque são ritmos de origem européia a Chula, denominada pelos nordestinos de simplesmente "Forró", xote("Xotis"), o termo correto, e variedades de Polcas européias que são chamadas pelos nordestinos de arrasta-pé e ou quadrilhas. A dança do forró tem influência direta das danças de salão européias, como evidencia nossa história de colonização e invasões européias.

Conhecido e praticado em todo o Brasil, o forró é especialmente popular nas cidades brasileiras de Campina Grande, Caruaru, Gravatá, Mossoró, e Juazeiro do Norte, onde é símbolo da Festa de São João, e nas capitais Aracaju, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Maceió, Recife, São Luís e Teresina, onde são promovidas grandes festas.


  • História

  1. Origem do nome

O termo "forró", segundo o folclorista potiguar Luís da Câmara Cascudo, estudioso de manifestações culturais populares, vem da palavra "forrobodó", de origem bantu (Tronco linguístico africano, que influenciou o idioma brasileiro, sendo base cultural de identidade no brasil escravista), que significa: arrasta-pé, farra, confusão, desordem.

A Versão mais verossímil, apoiada pelo próprio historiador Câmara Cascudo, é a de que Forró é derivado do termo africano forrobodó e era uma festa que foi transformada em gênero musical, tal seu fascínio sobre as pessoas.

Na etimologia popular (ou pseudoetimologia) é freqüente associar a origem da palavra "forró" à expressão da língua inglesa for all (para todos). Para essa versão foi construída uma engenhosa história: no início do século XX, os engenheiros britânicos, instalados em Pernambuco para construir a ferrovia Great Western, promoviam bailes abertos ao público, ou seja for all. Assim, o termo passaria a ser pronunciado "forró" pelos nordestinos. Outra versão da mesma história substitui os ingleses pelos estadunidenses e Pernambuco por Natal do período da Segunda Guerra Mundial, quando uma base militar dos Estados Unidos foi instalada nessa cidade.

Apesar da versão bem-humorada, não há nenhuma sustentação para tal etimologia do termo, pois em 1937, cinco anos antes da instalação da referida base, a palavra "forró" já se encontrava registrada na história musical na gravação fonográfica de “Forró na roça”, canção composta por Manuel Queirós e Xerém.

No idioma húngaro, Forró significa "Quente". Não se tem variação da palavra no idioma húngaro, o termo Forró é igualmente escrito (com acento) como no português.

Antes disso, em 1912, Chiquinha Gonzaga compôs Forrobodó, que ela classificou como uma peça burlesca e que lhe valeu, algum tempo depois, em 1915, o Prêmio Mambembe, sendo Mambembe também de origem banto, significando medíocre, de má qualidade.

  • Históricor

Os bailes populares eram conhecidos em Pernambuco por "forrobodó" ou "forrobodança" (nomes dos quais deriva "forró") já em fins do século XIX.

O forró tornou-se um fenômeno pop em princípios da década de 1950. Em 1949, Luiz Gonzaga gravou "Forró de Mané Vito", de sua autoria em parceria com Zé Dantas e em 1958, "Forró no escuro". No entanto, o forró popularizou-se em todo o Brasil com a intensa imigração dos nordestinos para outras regiões do país, especialmente, para as capitais: Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

Nos anos 1970, surgiram, nessas e noutras cidades brasileiras, "casas de forró". Artistas nordestinos que já faziam sucesso tornaram-se consagrados (Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Trio Nordestino, Genival Lacerda) e outros surgiram.

Depois de um período de desinteresse na década de 1980, o forró ganhou novo fôlego da década de 1990 em diante, com o surgimento e sucesso de novos trios e artistas de forró.

  • Gêneros musicais

O forró é dançado ao som de vários ritmos brasileiros tipicamente nordestinos, entre os quais destacam-se: o xote, o baião, o xaxado, a marcha (estilo tradicionalmente adotado em quadrilhas) e coco. Outros estilos de forró são: o forró universitário, uma revisitação do forró tradicional (conhecido como forró pé-de-serra) e o forró eletrônico ou estilizado (que, para alguns, não é considerado forró).

  • Artistas consagrados

Existem diversos artistas que, entre outras modalidades, também contribuíram, sejam como compositores sejam como intérpretes, com diversos gêneros do forró. Alguns dos mais destacados compositores brasileiros de músicas de forró são:

  • Estilos da dança

O forró é dançado em pares que executam diversas evoluções, diferentes para o forró nordestino e o forró universitário:

O forró nordestino é executado com mais malícia e sensualidade, o que exige maior cumplicidade entre os parceiros. Os principais passos desse estilo são a levantada de perna e a testada (as testas do par se encontram).

O forró universitário possui mais evoluções. Os passos principais são:

  • Dobradiça - abertura lateral do par;
  • Caminhada - passo do par para a frente ou para trás;
  • Comemoração - passo de balançada, com a perna do cavalheiro entre a perna da dama;
  • Giro simples;
  • Giro do cavalheiro;
  • Oito - o cavalheiro e a dama ficam de costas e passam um pelo outro.
  • Modernização do Forró

A partir de meados da década de 80, com a saturação do forró tradicional (Conhecido como pé-de serra), surgiu no Céará um novo meio de fazer forró, com a introdução de instrumentos eletrônicos (tais como guitarra, bateria e baixo). Também as letras deixaram de ter como o foco a seca e sofrimento dos nordestinos, e passou a abordar conteúdos que atraíam os jovens.. O precursor do movimento foi o ex-árbitro de futebol, produtor músical e empresário Emanuel Gurgel, responsável pelo sucesso de bandas como Mastruz com Leite, Cavalo de Pau, Alegria do Forró e Catuaba com Amendoim. O principal instrumento de divulgação do forró na década de 90, a rádio Som Zoom Sat, e a principal gravadora, a Som Zoom Estúdio também pertencem a Gurgel. Tal pioneirismo não ficou imune de críticas dos ditos tradicionalistas que o acusaram de transformar o forró num produto. Em entrevista à revista Época, declarou Gurgel: "Mudamos a filosofia do forró: Luís Gonzaga só falava de fome, seca e Nordeste independente. Agora a línguagem é romântica, enfocada no cotidiano, nas raízes nordestinas, nas belezas naturais e no Nordeste menos sofrido, mais alegre e moderno(...)".